PANDEMIA

Promotoria denuncia enfermeira que simulou vacinação em idoso

Promotoria denuncia enfermeira que simulou vacinação em idoso

Profissional da saúde foi flagrada fingindo imunizar um idoso em Votuporanga

Profissional da saúde foi flagrada fingindo imunizar um idoso em Votuporanga

Publicada há 3 anos

Imagem do momento em que enfermeira finge aplicar vacina. Imagem: G1

Da Redação/G1

O Ministério Público (MP) denunciou por improbidade administrativa a técnica de enfermagem de Votuporanga (SP) que foi flagrada fingindo aplicar a vacina contra o novo coronavírus em um idoso.

O caso foi registrado no dia 3 de março de 2021, no Consultório Municipal Jerônimo Figueira da Costa Neto, onde a profissional exercia as funções pela Santa Casa de Misericórdia de Votuporanga.

Um vídeo feito pela família do idoso mostra o momento em que a mulher fingiu aplicar o imunizante (veja abaixo). A técnica de enfermagem foi demitida no mesmo em dia em que o caso veio à tona.

De acordo com o promotor de Justiça Eduardo Martins Boiati, a conduta da profissional foi "repugnante", principalmente em um momento no qual as pessoas esperam ansiosamente para serem vacinadas.

"O idoso acabou sendo vacinado no dia seguinte, quando a gerente da unidade em que a requerida trabalhava tomou conhecimento do vídeo. Mas isso não afasta a responsabilidade da requerida pela prática de atos de improbidade administrativa", alegou Eduardo.

O promotor de Justiça também pediu que, se condenada, a técnica de enfermagem flagrada fingindo aplicar a dose do imunizante contra o novo coronavírus, pague indenização de R$ 50 mil por danos morais coletivos.

"A vacinação massiva da população é a única garantia científica para preservação da vida e da saúde das pessoas frente à gravidade do coronavírus. Essa é uma expectativa de toda a população, que é atingida de modo indistinta, pois o vírus não escolhe suas vítimas. Dessa forma, a conduta da requerida provocou significativa repercussão no meio social, atingindo a coletividade", escreveu Eduardo na denúncia.

Na época, a Secretaria de Saúde de Votuporanga informou que o caso foi isolado e que reforçou as orientações à equipe, determinando que o profissional de saúde deve mostrar a seringa cheia antes da aplicação e vazia após o procedimento.

A defesa da técnica de enfermagem disse que não há qualquer prova que indique dolo e intenção, como alegado pelo Ministério Público. O advogado também afirmou que vai aguardar a citação para apresentar a defesa e provas pertinentes.

Fonte: www.g1.globo.com


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