NA SEPULTURA!

Idoso que ‘mora’ no cemitério de Fernandópolis pede ajuda para ter uma casa

Idoso que ‘mora’ no cemitério de Fernandópolis pede ajuda para ter uma casa

Homem de 82 anos diz que prefere ficar dormindo na sepultura da família ao invés de ficar no asilo: “Deus me livre, aquilo (asilo) é para o cara que está morrendo”

Homem de 82 anos diz que prefere ficar dormindo na sepultura da família ao invés de ficar no asilo: “Deus me livre, aquilo (asilo) é para o cara que está morrendo”

Publicada há 2 anos

Breno Guarnieri

Há alguns dias, o teto onde Valdemar Fernandes Bugari, 82 anos, encontra a segurança para deitar e dormir tranquilamente é o mesmo que causa arrepios em muita gente. Sem receber aposentadoria, ele vive no Cemitério Municipal, situado ao lado do Velório Municipal, na zona leste de Fernandópolis.

O idoso chegou a morar no asilo, porém, não quer voltar para o local. “Deus me livre, aquilo (asilo) é para o cara que está morrendo”, ressalta Valdemar, que, atualmente, “mora” em uma sepultura (tipo ‘casinha’) da família Bugari.

Valdemar diz que para tomar banho usa uma torneira do cemitério e para se alimentar na hora do almoço, ele conta com a solidariedade de algumas pessoas que levam alimentos a ele. “Hoje (quinta-feira) eu almocei. O pessoal do restaurante me ajudou com uma marmita”.

Ainda de acordo com o idoso, o seu único filho mora na cidade de Monte Alto (SP) e ele não o vê há muito tempo. Uma irmã dele mora em Americana (SP).

Uma pequena casa

Mesmo não se incomodando em dormir no cemitério, Valdemar quer ter uma situação mais confortável. Não querendo entrar em detalhes sobre o motivo de não voltar para o asilo, o desejo do idoso é ter uma pequena casa para morar com uma cama, uma geladeira e um fogão para fazer a sua comida.

Informações dão conta de que pessoas que ajudam diariamente o idoso com alimentos estão tentando junto à Assistência Social do município uma solução para o caso.   

Valdemar encontrou abrigo no espaço e rechaça ter medo de dormir com os mortos


Sepultura em cemitério de Fernandópolis que o idoso dorme atualmente 


 



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