O sonho de Karina

O sonho de Karina

A estória de uma bailarina

A estória de uma bailarina

Publicada há 2 anos

MINUTINHO

Calma

Por: Letícia Thopson

Se hoje você está triste,

Perdido, com medo, sem solução...

Faça uma oração!

Se está enfermo, carente,

Sem esperança no coração,

Faça uma oração!

Deus ouve você!

A linha está sempre livre,

Nem precisa conexão!

A chamada é gratuita,

Não precisa inscrição.

Basta que você abra,

Abra bem seu coração.

Ele está sempre presente

E estende sempre Sua mão.

Mas...

Quando você estiver feliz,

Sem poder contar 

Suas horas de alegria,

Fica um pouco em silêncio

E... Faça uma oração!

Deixo aqui uma verdade:

Aquele que merece 

Ouvir suas lamentações,

Também merece ouvir

Suas horas de felicidade!

CRÔNICA

O sonho de Karina

Por: Livro: Parábolas eternas

Desde pequena, Karina só tinha uma paixão: dançar e ser uma das principais bailarinas do Ballet Bolshoi.

Seus pais haviam desistido de lhe exigir empenho em qualquer outra atividade.

Tudo era deixado de lado pelo objetivo de se tornar bailarina do Bolshoi.

Um dia, Karina teve sua grande chance.

Conseguiu uma audiência com o diretor master do Bolshoi, que estava selecionando aspirantes para a Companhia.

Nesse dia, ela dançou como se fosse seu último dia na Terra.

Colocou tudo o que sentia e que aprendera em cada movimento, como se uma vida inteira pudesse ser contada em um único passo.

Ao final, aproximou-se do renomado diretor e lhe perguntou: Então, o senhor acha que posso me tornar uma grande bailarina?

Na longa viagem de volta à sua aldeia, Karina, em meio às lágrimas, imaginou que nunca mais aquele ’não’ deixaria de soar em sua mente.

Meses se passaram até que pudesse novamente calçar uma sapatilha, ou fazer seu alongamento em frente ao espelho.

Dez anos mais tarde, Karina, uma estimada professora de ballet, criou coragem de ir à performance anual do Bolshoi, em sua região.

Sentou-se bem à frente e notou que o senhor Davidovitch ainda era o diretor master.

Após o concerto, aproximou-se dele e contou-lhe o quanto ela queria ter sido bailarina do Bolshoi e quanto lhe doera, anos atrás, ter ouvido dele que ela não seria capaz disso.

- Mas, minha filha... - disse o diretor - eu digo isso a todas as aspirantes.

Com o coração ainda aos saltos, Karina não pode conter a revolta e a surpresa dizendo: Como o senhor pode cometer uma injustiça dessas? Eu poderia ter sido uma grande bailarina se não fosse o descaso com que o senhor me avaliou!

Havia solidariedade e compreensão na voz do diretor, mas ele não hesitou ao responder: 

- Perdoe-me, minha filha, mas você nunca poderia ter sido grande o suficiente se foi capaz de abandonar o seu sonho pela opinião de outra pessoa.


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