ELEIÇÕES 2022

70% da população brasileira não se lembra em quem votou em 2018, aponta pesquisa

70% da população brasileira não se lembra em quem votou em 2018, aponta pesquisa

Apenas 18% se recordam do voto para deputado estadual e só 16% para o cargo federal

Apenas 18% se recordam do voto para deputado estadual e só 16% para o cargo federal

Publicada há 1 ano

Da Redação/Assessoria de Imprensa ICS

São Paulo, 16 de setembro de 2022 - Sete em cada dez brasileiros não se lembram em quem votou para os cargos de deputado estadual, deputado federal e senador no pleito de 2018. É o que aponta a pesquisa inédita “Cidades Sustentáveis: Democracia”, lançada no dia 14 de setembro pelo Instituto Cidades Sustentáveis (ICS).

A pesquisa aponta ainda que, apesar da lembrança do voto ser baixa em todas as camadas, ela é maior em pessoas que têm ensino superior. Das pessoas entrevistadas, apenas 18% se recordam do voto nas últimas eleições para o cargo de deputado estadual - contra 70% que não se lembram. Já para deputado federal, esse número é ainda menor: 16% se lembram - contra 72%. Em relação ao voto para senador, 17% afirmam lembrar, conta 71% que não se lembram. Por terem sido entrevistadas pessoas com 16 anos ou mais, 11% de todas elas ainda não tinham idade para votar em 2018, além de 1% que não quis responder. 

“O exercício pleno da democracia passa pelo acompanhamento das ações dos parlamentares eleitos pelo povo. É preciso cobrar para que os interesses sociais prevaleçam durante os mandatos e, para isso, se faz necessário o fortalecimento da participação social, maior presença na vida pública e na política. A descrença no sistema democrático é um fator de ameaça ao bem estar coletivo”, explica Jorge Abrahão, coordenador geral do Instituto Cidades Responsáveis (ICS)

Além desse tópico, a pesquisa abordou também sobre a percepção da população em relação à quais devem ser as prioridades das pessoas eleitas e qual a vontade em participar da vida política na cidade.

Geração de emprego e redução da desigualdade é prioridade da população

Quando questionadas sobre quais deveriam ser as prioridades de quem vencer as eleições, os tópicos mais mencionados pelas pessoas entrevistadas foram “incentivar a geração de emprego” (69%) e "redução das desigualdades sociais” (55%). 

A região sul foi a que mais mencionou a geração de empregos como prioridade, com 74%. Já em relação à redução das desigualdades sociais, a região Sudeste foi a que apresentou o maior número de respostas (60%).

A nível nacional, também foram mencionados os temas “combate a preconceitos” (43%), “preservar valores ligados à família” (39%), “defesa da igualdade entre homens e mulheres (30%), “combate às mudanças climáticas (16%), “aumento de imposto de grandes fortunas” (13%) e “ampliação do uso de energias renováveis” (13%).

Três em cada quatro brasileiros não querem participar da vida política de suas cidades

O terceiro tema abordado pela pesquisa foi em relação à vontade das pessoas entrevistadas em participar da vida política de suas cidades. O resultado mostrou que 76% dos brasileiros não têm nenhuma vontade, contra 23% que têm alguma vontade.

Ainda que baixa em todos os grupos, a vontade de participar da vida política é maior entre os que têm renda superior a 5 salários mínimos (33%), ensino superior (31%), pessoas da classe AB (28%), pessoas sem religião ou que frequentem religiões que não sejam católica ou evangélica (28%) e homens (26%).

A pesquisa

A pesquisa Cidades Sustentáveis: Democracia, realizada pelo Instituto Cidades Sustentáveis, consultou dois mil brasileiros, nas cinco regiões do país, com o objetivo de mapear suas percepções sobre temas relacionados à democracia.

Foram coletados dados sobre a lembrança dos brasileiros em relação ao voto de 2018, quais deveriam ser as prioridades dos políticos e a vontade de participar da vida política de suas cidades.

A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou para menos sobre os resultados encontrados no total da amostra.

Acesse aqui a pesquisa completa.

Fonte: Assessoria de Imprensa/Jorge Abrahão (coordenador geral do Instituto Cidades Sustentáveis)


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