ELEIÇÕES 2022

Greve geral fracassa em Fernandópolis, RP, Jales e Votuporanga

Greve geral fracassa em Fernandópolis, RP, Jales e Votuporanga

Sem novidade de vulto greve não vingará; entidades das quatro cidades se manifestam sobre paralisação

Sem novidade de vulto greve não vingará; entidades das quatro cidades se manifestam sobre paralisação

Publicada há 1 ano

A falta de adesão popular ao movimento grevista apregoado e propagado em grupos bolsonaristas de redes sociais, contra o resultado das eleições (no singular, pois somente se contesta a federal e não as estaduais e as legislativas) acabou resultando, até agora, no fracasso daquele que muitos assinalavam como o 'xeque mate' governista.

Em Fernandópolis, por mais que um grupo de Whatsapp que cumula cerca de 50 empresários, muitos dos quais com renome público e ostentando empresas com respeitabilidade e tradição, defendesse o ato e afirmassem que seus comércios adeririam ao ato, o que seu visualizou ontem, 08, vou exatamente o contrário.

Parcos estabelecimentos, que se somam em dedos de duas mãos, aderiram ao movimento e, a maioria deles, parcialmente.

"Estamos atendendo somente clientes antigos e não ao público", informou um deles; outro lembrou que somente receberia pedidos por telefone e outro que ainda poderia descer as portas, por completo.

O planejamento original era de que os empreendimentos vinculados ao grupo social cerrassem as portas nesta terça, 08/11/2022 e ficassem fechadas por tempo indeterminado.

A Associação Comercial e Industrial de Fernandópolis (Acif) informou que é “uma entidade privada, não se manifesta partidariamente, até mesmo por impedimento estatutário, já que representa a todos os associados de um modo geral, não podendo estar de um lado em detrimento de outro, pois que estamos diante de dois posicionamentos políticos divergentes”.

A entidade ressaltou que, de modo geral, os empresários não aderiram à greve e que não houve qualquer contato oficial sobre paralisações e que as decisões são de caráter individual dos empreendedores.

Em Votuporanga, há a confirmação de que apenas duas empresas, uma do setor moveleiro, aderiram ao movimento e não produziriam a partir da data.

A Associação Comercial de Votuporanga (ACV) afirmou que a escolha (pela greve ou não) “é uma escolha pessoal e que a associação não acompanhará isso e não se posicionará”.

Em Rio Preto, a Associação Comercial e Industrial (Acirp) informou através do presidente Kelvin Kaiser que dez estabelecimentos situados na área central da cidade fecharam as portas na segunda-feira, 07. Ainda não há números sobre o dia de hoje e o movimento não tem o apoio da entidade empresarial e nem do Sincomércio, sendo de adesão facultativa, embora a entidade tenha feito movimento que saiu do Centro Regional de Eventos convidando os empresários a fechar as portas e aderir à greve. A adesão foi muito pequena.

Em Jales houve três tentativas frustradas de paralisações empresariais (duas na semana passada e uma nesta), sendo que a Associação Comercial e Industrial de Jales (Acij) afirmou em Nota Oficial que “não participa de nenhum movimento relacionado às eleições presidenciais e também não foi comunicada e não tem conhecimento sobre possíveis paralisações em empresas de Jales. A Acij recomenda o funcionamento normal do comércio jalesense, bem como de indústrias e prestadores de serviços”.

É... O plano de fechar o comércio, o agro e o transporte, ao menos por enquanto, falhou e sem um fundamento de magnânimo porte, daquele capaz de abalar a estrutura da República, com embasamento fático e jurídico, está fadado a um gradativo esvaziamento.

O relatório de fiscalização eleitoral das Forças Armadas, previsto para ser divulgado nesta quarta-feira, 09, pode, dependendo de suas conclusões, ser esse instrumento.

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