POLÍTICA

Deputados paulistas querem aprovar aumento de 50% para funcionários públicos estaduais

Deputados paulistas querem aprovar aumento de 50% para funcionários públicos estaduais

Confira quem serão os beneficiados; aprovada, correção valerá a partir de janeiro próximo

Confira quem serão os beneficiados; aprovada, correção valerá a partir de janeiro próximo

Publicada há 1 ano

A Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) deve levar à votação de Plenário nos próximos dias um projeto de lei que eleva em extraordinários 50% os salários de servidores públicos estaduais.

As possibilidades de aprovação são altas. Altíssimas!

De início, ressalte-se que o Requerimento de Urgência foi aprovado no Plenário em menos de 20 segundos pelo presidente Carlão Pignatari, inclusive sem concessão de tempo para discussão.

Secundariamente, a iniciativa do projeto foi subscrita pelos seguintes líderes partidários: Gilmaci Santos (Republicanos), Ricardo Madalena (PL), Márcia Lia (PT), Jorge Caruso (MDB), Delegado Olim (PP) e Analice Fernandes (PSDB), o que já é garantia de maioria de votos.

Mas, servidores públicos estaduais, acautelem-se!

Os beneficiários do aumento salarial de 50% - que deve viger a partir de janeiro próximo - não são todas as categorias do funcionalismo público estadual. Muito ao contrário! Ele beneficia apenas determinados graduados da gestão estadual. A saber: governador, vice, 23 secretários de Estado e mais quatro ocupantes de pastas extraordinárias, ou seja, todo o primeiro escalão do governo paulista e deve repercutir naquelas categorias que têm o vencimento do governador como base.

Pela proposta, o salário do vice passa de R$ 21.896,27 para R$ 32.844,41, e o dos secretários estaduais, de R$ 20.743,72 para R$ 31.115,58. O futuro governador Tarcísio de Freitas receberá R$ 34,5 mil, contra R$ 23 mil atualmente do atual governador Rodrigo Garcia.

Ou seja, o grosso dos trabalhadores estaduais – que recebe de um a dois salários mínimos - continuará à mingua.

Duas tentativas de votação em Plenário já foram feitas, com ambas infrutíferas em virtude de falta de quórum dos parlamentares.

Há! Fundamentando a medida, seus defensores argumentam que o último aumento do primeiro escalão do governo paulista teve foi em março de 2019, durante o primeiro ano da gestão João Doria (sem partido) e Rodrigo Garcia (PSDB). Nesse período (de 2019 até agora), a inflação oficial foi de 24,69, segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do IBGE.

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