VIOLÊNCIA

Oficial de Justiça é agredida após intimar acusado por violência doméstica

Oficial de Justiça é agredida após intimar acusado por violência doméstica

Vítima levava Medida Protetiva; acusado evadiu antes da chegada da Polícia

Vítima levava Medida Protetiva; acusado evadiu antes da chegada da Polícia

Publicada há 1 ano

Documentos judiciais manchados de sangue após a agressão. Foto: Reprodução / Arquivo Pessoal

Da Redação

A Polícia Militar de José Bonifácio registrou uma ocorrência de agressão em que figura como vítima uma oficial de Justiça. O fato aconteceu na quarta-feira, 28. Ela fazia a intimação de uma Medida Protetiva concedida pela Justiça contra o acusado, 54 anos, investigado por violência doméstica.

De acordo com a Polícia Militar, assim que o suspeito recebeu a ordem judicial, começou a gritar e derrubou a vítima no chão. Em seguida, o homem bateu a cabeça da oficiala contra a porta de um carro e entrou na residência para pegar uma faca. Ferida no rosto, a vítima conseguiu ligar para a Polícia, sendo que o acusado empreendeu fuga e está sendo procurado.

Inquérito Policial deve ser instaurado na Delegacia de Polícia de Bonifácio.

REPÚDIO

A Associação dos Servidores do Poder Judiciário do Estado de São Paulo emitiu uma Carta de Repúdio:

"A violência, em qualquer das suas formas, é inaceitável e injustificável!

Quando a violência se dá contra uma mulher, ela é ainda mais inaceitável e injustificável!

Quando a violência se dá contra uma mulher no exercício de suas funções laborais, visado a proteção de uma terceira mulher, ela se torna ainda mais repugnante e covarde!

A ASSOJURIS não admite e não tolera a violência, principalmente contra o servidor!

Exatamente por isso, a ASSOJURIS vem a público para REPUDIAR, veementemente, a violência cometida contra uma oficiala de justiça da Comarca de São José do Rio Preto, que ontem, dia 28.12.2022, ao cumprir uma medida protetiva em José Bonifácio, foi agredida fisicamente de maneira covarde pelo averiguado, destinatário de ordem protetiva com fundamento na Lei Maria da Penha.

O autor das agressões, ao receber o mandado de ordem preventiva, passou a desferir golpes contundentes contra a oficiala, que extremamente machucada, foi levada para atendimento hospitalar, permanecendo internada.

Essa agressão covarde é reflexo da falta de estrutura e segurança que permeia a atividade dos oficiais de justiça para cumprimento dos mandados necessários para o bom e regular andamento da prestação jurisdicional.

Essa agressão covarde é reflexo da falta de apoio e zelo das autoridades constituídas à nobre função desempenhada pelos oficiais de justiça, que, não raramente, são expostos à risco de vida e saúde para o cumprimento de mandados judiciais.

Essa agressão, porém, não passará impune pelo que depender da ASSOJURIS. As marcas do sangue da oficiala de justiça “impressas” no mandado que se cumpria não serão esquecidas, nem ficarão impunes.

Todas as medidas cabíveis e necessárias serão adotadas oportunamente pela ASSOJURIS, após o levantamento de maiores informações junto à nossa companheira oficiala que foi covardemente agredida no cumprimento de suas nobres funções laborais.

Por enquanto, a ASSOJURIS registra seu absoluto e irrestrito REPÚDIO à violência sofrida pela nossa companheira oficiala de justiça, que visava, tão somente, assegurar a segurança de outras pessoas com o cumprimento de uma medida protetiva com fundamento na Lei Maria da Penha.

A ASSOJURIS se coloca, também, à inteira disposição da oficiala covardemente agredida para assessorá-la na adoção das medidas cabíveis, registrando sua admiração e respeito pela nobre categoria dos oficiais de justiça."

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