BARBÁRIE

Casal encontrado morto em Araçatuba foi assassinado a mando do filho, diz Polícia

Casal encontrado morto em Araçatuba foi assassinado a mando do filho, diz Polícia

Polícia esclarece crime e culpa filho e amigo contratado por R$ 700,00 por homicídios

Polícia esclarece crime e culpa filho e amigo contratado por R$ 700,00 por homicídios

Publicada há 1 ano

Magali e o filho, Daniel, acusado de mandar matar os pais. Foto: Reprodução / SBT Interior

Da Redação / SBT Interior

A Polícia Civil esclareceu na tarde deste sábado (14) a autoria do duplo homicídio ocorrido durante a madrugada no bairro TV, em Araçatuba (SP). Duas pessoas foram presas em flagrante. Um deles é o filho de uma das vítimas, Daniel Cantarani, 36 anos, que admitiu ter planejado a morte do casal. Para cometer o crime, ele contratou um amigo e pagou R$ 700 pela execução do duplo assassinato. Os dois envolvidos estão à disposição da Justiça. As informações são do portal RP10.

O crime, cometido com requinte de crueldade, chocou a cidade pela violência empregada. As vítimas foram assassinadas a pauladas na casa onde ambos moravam na rua José Xavier Couto. O corpo de Magali Cantarani Poletti, 62 anos, foi encontrado pela polícia na garagem da casa. O corpo do marido, Lourival Aparecido Poletti, estava dentro do porta-malas do carro estacionado na garagem. Os assassinos pretendiam levar os corpos da casa, mas não conseguiram.

A polícia apurou que Daniel, filho de Magali e enteado de Lourival, estava planejando a morte do casal havia várias semanas. Para concretizar o plano, ele contou com a ajuda de um ex-companheiro que recebeu dinheiro pelo serviço. A motivação principal, segundo o que o filho da vítima disse à polícia, seria em razão da mãe e o padrasto não aceitarem a sua homossexualidade.

O CRIME

O crime ocorreu entre a noite de sexta-feira e a madrugada do sábado. Nesse meio tempo, os dois envolvidos chegaram na casa e passaram a agredir as duas vítimas violentamente com pedaços de madeira. Eles, surpreendidos cada um em um cômodo, não tiveram tempo de reação.

Após matar o casal, os assassinos passaram a remover os corpos para o carro de Lourival, que estava na garagem. Ele foi colocado no porta-malas e a mulher foi deixada ao lado do veículo. Segundo a polícia, os autores pretendiam colocar o corpo da mulher no automóvel e seguir, possivelmente, para a zona rural em local bem afastado. A polícia encontrou um galão com gasolina na garagem. A suspeita é que eles usariam o combustível para atear fogo no veículo com os corpos dentro.

No entanto, antes do desfecho planejado, os autores desistiram de colocar o corpo da mulher no veículo, possivelmente, devido ao sobrepeso. A polícia acredita que, já esgotados, os autores tenham partido para o plano B, que era o de simular uma situação de latrocínio (roubo seguido de morte). Para tanto, os autores reviraram a casa para parecer que a mesma havia sido invadida por ladrões. Em seguida, deixaram o local e se separaram para tentar conseguir um álibi.

Ainda na madrugada a Polícia Militar foi acionada para averiguar o que havia ocorrido na residência. Os policiais chegaram ao local e foram direto para dentro do imóvel. Havia muito sangue no interior da casa. Em busca no imóvel, os policiais acharam o corpo da mulher na garagem. A Polícia Civil foi acionada e os investigadores da DH (Delegacia de Homicídios) passaram a apurar o caso.

Até então, suspeitava-se que a mulher pudesse ter sido assassinada pelo companheiro que ainda não havia sido encontrado. No decorrer da apuração, ainda na madrugada, a polícia achou o corpo de Lourival ao revistar o carro. Quando o corpo dele foi encontrado, a tese de crime passional foi descartada pela polícia.

A partir de então, a Deic (Divisão Especializada de Investigação Criminal) passou a desconfiar do envolvimento do filho da vítima no crime. Ele foi detido após cair em contradição sobre vários aspectos da investigação. Levado para a delegacia, ele acabou confessando o crime e apontou a ligação do comparsa, que foi preso em seguida. Os dois envolvidos já tinham tido um relacionamento anterior.

Conforme o que a polícia apurou, os R$ 700 pagos pelo filho das vítimas ao ex-companheiro foi usado para adquirir o combustível encontrado no local e também para comprar cocaína e bebidas. Ainda segundo a polícia, o filho de Magali já vinha planejando o crime há algum tempo. Ele chegou a colocar medicação na alimentação do casal com o objetivo de provocar a morte de ambos, o que não chegou a ser possível.

Os pedaços de madeira usados no duplo homicídio foram apreendidos pela polícia. De acordo com investigadores, o caso se assemelha com o crime cometido por Suzane von Richthofen que também planejou a morte dos pais em outubro de 2002. O caso de Suzane ganhou repercussão nacional com livro e filme a respeito do duplo assassinato.

Fonte: https://sbtinterior.com/

últimas