SAÚDE

Com 1,5 mil pacientes na fila, SP lança programa para cirurgias oncológicas

Com 1,5 mil pacientes na fila, SP lança programa para cirurgias oncológicas

Eles aguardam até oito meses para realizar as cirurgias

Eles aguardam até oito meses para realizar as cirurgias

Publicada há 1 ano

Tarcísio e Eleuses: programa com foco em pacientes oncológicos. Foto: Reprodução / Facebook

Da Redação

O governador de SP Tarcísio de Freitas e o secretário de Estado da Saúde, Eleuses Paiva, anunciaram na manhã desta terça-feira (24) o início do programa que vai organizar e agilizar as filas para os procedimentos cirúrgicos oncológicos. Hoje, o Estado tem 1.536 pessoas aguardando por estas cirurgias e algumas estão há até oito meses nesta espera. 

Para ampliar esse atendimento, o governador anunciou a abertura de três salas cirúrgicas e 45 novos leitos de internação, sendo 15 deles de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), unidade que integra o Complexo do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, e que é ligada à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo.

Na ocasião, o governador também anunciou a ativação de outros 393 leitos ociosos do complexo HCFMUSP, sendo 349 de internação e 44 de UTI que vão colaborar para maior agilidade na assistência em diversas especialidades.

"Existem, hoje, de 7 a 9 mil leitos fechados no Estado de São Paulo, isso não é razoável, temos de apostar na reabertura desses leitos. É preciso aumentar a nossa disponibilidade e as vagas. Estamos aqui celebrando o início desse movimento. Temos excelência, temos os melhores profissionais do Brasil, um corpo clínico maravilhoso, a gente pode oferecer ao paciente do SUS o que ele teria em qualquer hospital privado do país, e pelo SUS, pelo sistema público de saúde. O SUS nos orgulha muito, é um patrimônio que mostrou seu valor quando submetido ao estresse da pandemia. São vidas, são pessoas que vão ser tratadas e terão mais esperança", destacou Tarcísio.  

A ampliação da infraestrutura no Icesp tanto de salas cirúrgicas quanto do número de leitos possibilitará o atendimento de 1.250 novos pacientes nos próximos 12 meses e a realização de 840 cirurgias adicionais, o que representa um incremento de 20% do originalmente previsto para o período. Esta iniciativa visa reduzir a fila atual de pacientes oncológicos no Estado de São Paulo em cerca de 40%, nos primeiros três meses da ação.

Atualmente, o Instituto do Câncer conta com 445 leitos operacionais e na sua capacidade plena disponibilizará 490 leitos, sendo 85 de UTI, conforme previsto desde a sua inauguração, em 2008. Essa ampliação de leitos de UTI representará 20% de acréscimo sobre a oferta atual, sendo este um recurso primordial no tratamento com a mais alta complexidade em oncologia. O maior número de pacientes atendidos permitirá o aumento da oferta de tratamentos clínicos em quimioterapia (2.350 sessões) e radioterapia (2.700 sessões) e dos serviços de apoio terapêutico como exames laboratoriais e de imagem a exemplo da tomografia e ressonância magnética.

“Os pacientes oncológicos demandam muito da estrutura das unidades de internação, tanto para etapas programadas do tratamento, como as cirurgias, quanto para atender eventuais intercorrências secundárias à doença. A disponibilidade de leitos é hoje, portanto, a principal restrição na oferta da estrutura assistencial e, consequentemente, no aumento do volume de novos pacientes no Icesp. A abertura de novos leitos, principalmente os de UTI, reforça a importância deste recurso essencial para o melhor atendimento do paciente com necessidades de alta complexidade”, explica o Presidente do Conselho Diretor do Icesp, Prof. Dr. William Carlos Nahas.

Mais atendimento

Na semana passada, o secretário Eleuses Paiva esteve reunido com prestadores de serviços oncológicos de todo o Estado para alinhar a estratégia que fará para a fila andar. “Não podemos admitir que pessoas com câncer aguardem tanto tempo para realizar o tratamento necessário. Nossa meta é tirar essas mais de 1,5 mil pessoas da fila logo nos 100 primeiros dias de governo e para isso é essencial a participação de todos essas pessoas que estão aqui hoje, trabalhando em conjunto em prol da população de São Paulo”, afirmou o secretário.

O Hospital São Paulo, que possui gestão realizada por um conselho de representantes da SPDM (Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina), Unifesp, Escola Paulista de Medicina e Escola Paulista de Enfermagem, foi um dos primeiros a aderir à ação e começa, ainda neste mês os atendimentos clínicos, de quimioterapia, radioterapia e cirúrgico a 690 pacientes.

Fonte: Secretaria de Comunicação do Estado de SP

últimas