ARTIGO

A GRANDE SEMANA

A GRANDE SEMANA

Por Padre Valter Lucato Campano Junior, Chanceler

Por Padre Valter Lucato Campano Junior, Chanceler

Publicada há 11 meses

A Semana Santa é a Semana Maior. Nela os cristãos celebram com intensidade o mistério mais importante a partir do qual toda a realidade cristã adquire um novo sentido. Cada dia da Semana Santa, e especialmente o tríduo pascal, tem uma tal densidade que concentra em si todo o sentido do profundo amor de Deus para com a humanidade.

Viver a Semana Santa é um momento especial de meditação, oração e renovação da fé.

Como viver a semana Santa?

São Paulo VI nos diz: “Se há uma liturgia que deveria encontrar-nos todos juntos, atentos, solícitos e unidos para uma participação plena, digna, piedosa e amorosa, esta é a liturgia da grande semana. Por um motivo claro e profundo: o Mistério Pascal, que encontra na Semana Santa a sua mais alta e comovida celebração, não é simplesmente um momento do Ano Litúrgico: ele é a fonte de todas as outras celebrações do próprio

Ano Litúrgico, porque todas se referem ao mistério da nossa redenção, isto é, ao Mistério Pascal”.

O Domingo de Ramos abre a “Semana Maior”. Nela celebra-se o mistério central da fé cristã, a Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo. A Páscoa, celebrada no Antigo Testamento, recebe um novo sentido na Ressureição de Cristo.

Mesmo diante das transformações socioculturais, a Semana Santa continua a ser a “Semana Maior”, ocupando lugar especial na vida do cristão. O ritmo de vida se torna intenso na Quinta-Feira Santa, Sexta-Feira Santa, Sábado Santo e Domingo da Páscoa, com uma pausa restauradora que permite descansar, orar e reencontrar-se com Deus. É uma pausa que permite reencontrar o sentido da Fé, da Esperança e da caridade.

A Semana Maior permite viver manifestações religiosas tradicionais, como procissões e vias-sacras, que transformam e movimentam as ruas de nossas cidades e mostram a riqueza da fé que ainda existe na vida do povo cristão.

No Domingo de Ramos, com a benção e procissão em que os fiéis levam consigo ramos para recordar a entrada de Jesus em Jerusalém, repetindo o gesto do povo que o recebeu alegremente.

Neste dia a Igreja do Brasil nos convida a realizar um gesto concreto: a Campanha da Solidariedade. Com a coleta do Domingo de Ramos ajudamos diversos projetos sociais, inclusive em nossa diocese.

Na Quinta-Feira Santa, tem início o Tríduo Pascal com a missa em que se recorda a última Ceia de Jesus, a Instituição do Sacerdócio e o gesto do Lava-pés.

Na Sexta-Feira Santa, dia da Paixão e Morte de Cristo na cruz, marcado pela oração, silêncio e penitência, não há missa, mas na celebração litúrgica da Morte de Cristo, à tarde, com a apresentação da Cruz e a adoração de Jesus crucificado revivemos a

entrega sacrifical do Senhor. Neste dia se realiza grandes procissões, com a Imagem do Senhor Morto.

No sábado Santo, A igreja é chamada ao silêncio e à meditação junto ao sepulcro de Jesus, à espera da ressurreição. Na noite do sábado ocorre a celebração mais importante do ano litúrgico, a solene Vigília Pascal, Mãe de todas as vigílias, proclamando a ressurreição de Jesus.

O tempo Pascal, se estende por cinquenta dias entre o domingo de Páscoa e o domingo de Pentecostes, comemorando a volta de Cristo ao Pai na Ascensão, e o envio do Espírito Santo. É um tempo que deve ser vivido com alegria e exultação, como se fosse um só dia de festa, um grande domingo, vivido na alegria do Cristo Ressuscitado.

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