Quando a bondade se expressa

Quando a bondade se expressa

Desempregado, desalojado, sem dinheiro. O que ele fez quando a situação melhorou

Desempregado, desalojado, sem dinheiro. O que ele fez quando a situação melhorou

Publicada há 11 meses

MINUTINHO

Um e outro

Por: Marco Prisco/Divaldo Franco

Nas realizações a que você doa seus labores, não se escravize ao homem que as dirige; entregue-se à obra em si mesma.

O homem passa - a obra fica.

Nas operações de amparo em nome da fraternidade, não se empolgue apenas com o servidor, mas sobretudo com o serviço.

O servidor é aprendiz - o serviço é mestre.

Nas tarefas cristãs, o mais importante não é deter-se nas casas de trabalho, mas oferecer-se à causa que as inspira.

A casa perece - a causa permanece.

Nos compromissos com a fé, não se abata com as fraquezas do pregador; identifique-se com a força do Mestre Jesus.

O pregador é temporário - Jesus Um e outro identificam você.

Um é breve, o outro é eterno.

Não basta fazer ou deixar de fazer algo. É essencial verificar o que faz, como faz e para quem faz.

CRÔNICA

Quando a bondade se expressa

Baseada em obra do Meu Sonho Não Tem Fim

Ele estava desempregado. Fora despejado e dormia no carro. Carro que não tinha sequer dinheiro para colocar combustível.  

Era inverno. Estava com fome. Sem dinheiro para comprar alguma coisa, desesperou-se. Entrou numa lanchonete e comeu o que aguentou. Quando chegou a hora de pagar, fingiu que tinha perdido sua carteira. Fez um barulho enorme e começou a procurá-la por todo lugar. Virou a lanchonete de cabeça para baixo.

Por trás do balcão o cozinheiro, que era também o dono do lugar, saiu e foi até onde estava o rapaz. Abaixou-se, fingindo que apanhava alguma coisa do chão, e entregou ao moço R$ 100,00, dizendo-lhe:

- Acho que você deixou cair quando entrou.

O rapaz pagou a conta e saiu rapidinho, percebendo que o dono fingira achar o seu dinheiro.

Agradeceu a Deus o gesto daquele piedoso desconhecido e prometeu que, se sua vida melhorasse, faria o mesmo a outros necessitados.

O tempo passou. Teve fracassos, reveses. Até que, afinal, as dores da pobreza acabaram.

Então decidiu que iria honrar a promessa. Passou anos em jornadas de doações. Dava mas não queria que as pessoas o agradecessem.

Assim, a família de um garoto de 14 anos, que sofria de leucemia, encontrou uma boa soma de dinheiro em sua caixa de correio. Uma viúva, com sete crianças e dois netos, foi surpreendida com várias notas, colocadas embaixo de sua porta. Um jovem que precisava de um transplante de pulmão respirou aliviado, quando em sua conta apareceu a expressiva soma que precisava para a cirurgia. 

Ele pagou aluguéis, prestações de carro, contas de mercado... Sempre sem aviso e sem ficar por perto para elogios. A sua alegria era a expressão no rosto das pessoas beneficiadas. 

Agora só faltava agradecer a quem o socorreu naquele longínquo inverno.

O local conhecido estava fechado. Procurou pelo dono da lanchonete durante quase um ano. 

Localizou-o. Arranjou um encontro.

Chegou carregado de presentes, além de avultada quantia em dinheiro. Ao se deparar com o seu benfeitor de outrora, disse-lhe:

 - Eu sou aquele sujeito que você ajudou, 29 anos atrás. Você mudou a minha vida, naquela noite.

O ex-dono da lanchonete, agora aposentado, com 81 anos de idade, chorou, tamanha emoção, ao lado da sua esposa. Encontrava-se doente, lutando contra um câncer e o mal de Alzheimer. Por causa da situação, estava atolado em dívidas.

“A gratidão é a memória do coração.”

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