CRÔNICA: Despedida de um pai - porque amanhã, o hoje será apenas uma lembrança!

CRÔNICA: Despedida de um pai - porque amanhã, o hoje será apenas uma lembrança!

Veja também: Nem tão bons, nem tão ruins, por Irmão José

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Publicada há 3 meses

MINUTINHO

Nem tão bons, nem tão ruins

Por: Irmão José / Carlos Baccelli

Não somos tão ruins quanto pensam que somos, porém nem tão bons quanto nos imaginamos ser.

Não somos menos nem mais: somos o que simplesmente somos!

Iguais a tantas pessoas que lutam para serem melhores do que são.

Não nos deprimamos com a crítica e nem nos envaideçamos com o elogio.

Não nos avaliemos pelo que os outros são ou deixam de ser.

Tomemos unicamente a Jesus por exemplo do que precisamos vir a ser, um dia.

Em quase todos, certas virtudes compensam os vícios que ainda possuem.

Lutemos para que a nossa parte positiva supere a negativa, que ainda predomina.

No exercício constante do bem é que nos fortalecemos.

CRÔNICA

Despedida de um pai

Por: Autoria desconhecida

Eu descobri o que é viver naquela noite em que procurei pelo meu pai e já não o encontrei. Nós havíamos saído juntos naquela manhã. Ele para fazer uma pequena e simples cirurgia; eu para o trabalho. Ele foi sozinho, com a certeza de que nos veríamos a noite; eu com pressa e atrasado para o trabalho, como sempre, nem lhe dei um abraço. Infelizmente naquela mesma noite, após a cirurgia, ele entrou em coma e, na seguinte, faleceu. E eu, no saguão do hospital, naquele banco frio, com aquela notícia triste da sua morte. Que remorso! Lembrei-me daquele abraço... Ou melhor, do não abraço...

Então, a partir dai, descobri, meu pai, (mas com que dor!) que nada é mais importante que a atenção que damos àqueles que amamos; que brigar, discutir para ver quem tem razão, é pura perda de tempo; que ficar uma “noite de mal” pode, de repente, ser para a eternidade...

Descobri, meu pai, que posso ser feliz, com o muito ou com o pouco, bastando aceitar a porção que me cabe com a certeza de que é o melhor para minha vida naquele instante. Aprendi a respeitar meus limites; a não me comparar com quer que seja; a não brigar por nada que não seja maior que a vida, e como a vida é maior que tudo, não preciso brigar com ninguém.

Descobri, meu pai, com a tua ausência, que precisava preencher a minha vida com trabalho dignificante, que precisava construir uma família e valorizá-la. Por isso, meu pai, eu resolvi ser feliz e nunca mais reclamar de nada, porque aprendi a valorizar os segundos, quando antes só pensava nas horas; aprendi a valorizar cada amigo, quando antes só valorizava aqueles que podiam me dar algo em troca; aprendi a aceitar meus defeitos e tentar corrigi-los, quando antes eu discutia com quem tivesse a audácia de apontá-los.

Por fim, meu querido pai, descobri a grandeza da vida quando perdi a sua companhia e ganhei, de Deus, o consolo de descobrir a sua importância. Por isso, essa mensagem segue para todos que já perderam alguém importante em suas vidas: para que possam aproveitar tudo o que ganharam de bom durante a convivência com esses entes queridos! Mas segue principalmente para aqueles que não perderam esses entes queridos; para aqueles que insistem em ficar brigados com um pai, mãe, irmão ou um grande amigo. Que corram fazer as pazes! Que aproveitem cada minuto de companhia dessas pessoas que Deus colocou em suas vidas por algum motivo especial.

Lembre- se: amanhã, o hoje será apenas uma lembrança!


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