O velho samurai: a história de um guerreiro imbátivel

O velho samurai: a história de um guerreiro imbátivel

Mensagem de um homem triste. Por Meimei

Mensagem de um homem triste. Por Meimei

Publicada há 2 meses

MINUTINHO

Mensagem de um homem triste

Por: Meimei 

 Passaste por mim com simpatia, mas quando me viste os olhos parados, indagaste em silêncio porque vagueio na rua. Talvez por isso escutaste o passo e, embora te quisesse chamar, a palavra esmoreceu-me na boca.

  É possível tenhas suposto que desisti do trabalho, no entanto, ainda hoje, bati, em vão, de oficina em oficina...

Muitos disseram que ultrapassei a idade para ganhar dignamente o meu pão, como se a madureza do corpo fosse condenação à inutilidade, e outros, desconhecendo que vendi minha roupa melhor para aliviar a esposa doente, despediram-me apressados, acreditando-me vagabundo sem profissão.

Não sei se notaste quando o guarda me arrancou à contemplação da vitrine, a gritar-me palavras duras, qual se eu fosse vulgar malfeitor... Crê, porém, que nem de leve me passou pela mente a ideia do furto; apenas admirava os bolos expostos, recordando os filhinhos a me abraçarem com fome, quando retorno à casa.

Imagem: Ilustração

  Ignoro se observaste as pessoas que me endereçavam gracejos, imaginando-me embriagado, porque eu tremesse encostado ao poste; afastaram-se todas, com manifesto desprezo, contudo, não tive coragem de explicar-lhes que não tomo qualquer alimento há três dias...

  A ti, porém, que me fitaste sem medo, ouso rogar apoio e cooperação. Agradeço a dádiva que me estendas, no entanto, acima de tudo, em nome do Cristo que dizemos amar, peço me restituas a esperança, a fim de que eu possa honrar, com alegria, o dom de viver. Para isso, basta que te aproximes de mim, sem asco, para que eu saiba, apesar de todo o meu infortúnio, que ainda sou teu irmão.

CRÔNICA

O velho samurai

Por: Autoria desconhecida

Perto de Tóquio vivia um grande samurai, já idoso, que se dedicava a ensinar zen aos jovens. Apesar de sua idade, corria a lenda de que ainda era capaz de derrotar qualquer adversário.

 Certa tarde, um guerreiro conhecido por sua total falta de escrúpulos apareceu por ali. Queria derrotar o samurai e aumentar sua fama.

O velho não aceitou o desafio e o jovem começou a insultá-lo.

Primeiro chutou algumas pedras em sua direção, cuspiu em seu rosto, gritou insultos, ofendeu seus ancestrais.

 Durante horas fez tudo para provocá-lo, mas o velho permaneceu impassível.

 No final da tarde, sentindo-se já exausto e humilhado, o impetuoso guerreiro retirou-se.

 Desapontados, os alunos, que a tudo observaram, perguntaram ao mestre como ele pudera suportar tanta indignidade.

 - Se alguém chega até você com um presente, e você não o aceita, a quem pertence o presente, indagou o mestre?

 - A quem tentou entregá-lo, respondeu um dos discípulos.

 - O mesmo vale para a inveja, a raiva e os insultos, afirmou o samurai. Quando não são aceitos, continuam pertencendo a quem o carregava consigo. A sua paz interior depende exclusivamente de você. As pessoas não podem lhe tirar a calma. Só se você permitir.

 “A calma na luta é sempre um sinal de força e confiança, enquanto a violência, pelo contrário, é prova de fraqueza e de falta de confiança em si mesmo.”

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